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Archive for Novembro, 2007

30/11/2007

da Ansa, em Londres

Comer alimentos salgados favorece o nascimento de meninos, e comer doces, de meninas. Até pouco tempo, isso soava como crendice popular pouco confiável. No entanto, um estudo divulgado pela Universidade de Pretória, na África do Sul, está tentando confirmar a tese.

A experiência foi conduzida em camundongos. Os animais com um baixo nível de açúcar no sangue dão à luz a mais fêmeas do que machos.

Os pesquisadores separaram as mamães camundongos em dois grupos: administraram a 20 animais a dexametasona, um esteróide que mantém baixo o nível de açúcar no sangue, e alimentaram outros 20 animais com uma dieta normal. Comparando a prole das duas amostragens, pode-se perceber que os machos no primeiro grupo eram 41%, enquanto no segundo grupo chegavam a 53%.

“Ainda não é claro como o nível de açúcar pode influenciar no sexo da geração”, disse Elisa Cameron, a pesquisadora que conduziu o estudo. Segundo os pesquisadores, o evento poderia ser identificado também nos seres humanos: no homem, a dieta poderia alterar a proporção de espermatozóides que carregam cromossomos masculinos e femininos; nas mulheres, o útero poderia criar condições mais ou menos favoráveis para um ou outro sexo.

“Este trabalho aumenta a possibilidade de que a alimentação influencie na proporção de homens e mulheres nas populações. Além disso, permitiria entender a teoria evolutiva, segundo a qual os animais seriam capazes de selecionar o sexo de sua prole”, explicou Cameron.

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Guta

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     Jóia

Comer, mais que uma necessidade orgânica, é um momento de puro prazer. Em todos os tempos, em todas as sociedades, em tendas ou em palácios, a comida desperta sensações muitas vezes inexplicáveis.

O homem se deixa seduzir diante de uma mesa bem posta, onde o colorido, a apresentação dos pratos, os aromas inebriantes deixam o clima leve, soltam o corpo, elevam o espírito.
 

De tanto prazer, a boa mesa provoca excessos,

reunidos sob o manto do “pecado da gula”. Pecado que pode inibir, de início, mas cujo receio geralmente é posto de lado.
 

Come-se também com os olhos, que espelham o desejo diante não apenas de banquetes, mas de objetos que atingem outros sentidos, revolvendo emoções, trazendo à tona a vontade de ter, de usufruir, de vivenciar novos momentos.
 

Com a coleção de jóias “O Sexto Pecado: Gula”, a designer gaúcha Cláudia Schneider e Valdir Vicente transformam os prazeres da mesa em descobertas para o corpo. A partir de resinas orgânicas, extraídas de beterraba, espinafre, café e pimentas – só para citar algumas espécies desse inesgotável manancial-, a designer cria jóias para quem, sem peso na consciência, não se furta ao prazer – venha ele da mesa farta ou da reluzente vitrine.
 

Criam jóias para quem, a exemplo de Pantagruel, o herói insaciável do francês Rabelais, não se detém diante dos castigos do céu: come com todos os sentidos, sorvendo o prazer de ornar o corpo com peças exclusivas, que fazem do exótico um elemento a mais para novas sensações.

A coleção “O Sexto Pecado: Gula” quebra barreiras, estabelece conceitos, lança a joalheria em um universo que ainda guarda tesouros para futuras explorações. É um convite sem rodeios – e por isso mesmo irrecusável – ao encontro do prazer proporcionado por todos os sentidos.

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Receitinha do Mesa pra Dois

Adoro mandioca, acho até que posso aproveitar o melaço que comprei pra fazer o pão do Outback para alguma coisa…

Ingredientes:

500 g de mandioca descascada
800 ml de leite integral
4 colheres (sopa) de melaço de cana

Preparo: Em uma panela coloque as mandiocas descascadas e o leite e cozinhe em fogo baixo até que fiquem macias.
Retire da panela e com um garfo corte-as ao meio no sentido longitudinal, descartando o fio grosso do centro.
Regue com o melaço e um pouco de leite do cozimento.

Farofa
Ingredientes:

100g de bacon cortado em cubos pequenos
1 cebola grande fatiada em meia-lua
2 ovos
300g de farinha de mandioca grossa
sal e pimenta
ciboulette picada

Preparo: Coloque a farinha em uma frigideira e leve ao fogo baixo até que fique bem seca. Reserve.
Em outra frigideira, doure o bacon. Acrescente as cebolas e deixe dourar ligeiramente. Bata ligeiramente os ovos e acrescente à frigideira, mexendo sempre. Tempere com sal e pimenta. Acrescente a farinha mexendo rapidamente. Retire do fogo, acrescente a cebolinha e corrija o sal se necessário.

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Receitinha do programa Mesa pra Dois, que eu adoro!!! 

Ingredientes:

100g de farinha de tapioca
20 ml de azeite de oliva
100g de queijo-de-minas padrão
40g de tomate confit
folhas de manjericão
Manjericão para decorar

Preparo:
Em uma frigideira em fogo médio, distribua a farinha de tapioca de maneira uniforme. Quando os grãos de farinha se unirem, vire o disco de tapioca que se formou, regue com azeite e abaixe o fogo por mais alguns instantes. Com um aro de metal de 8 cm de diâmetro faça 3 círculos na tapioca e reserve.
Com o mesmo aro, faça círculos no queijo-de-minas. Em outra frigideira, grelhe ligeiramente o queijo. Salpique com as folhinhas de manjericão e reserve.
Sobre uma tábua, pique o tomate confit até formar uma pasta. Aqueça no forno e reserve.

Para a montagem, intercale os discos de tapioca e as fatias de queijo, formando uma pilhas (três discos de tapioca e dois de queijo). Corte os círculos ao meio, formando duas porções de “meias-luas”. Coloque cada porção de meia-lua em um prato e decore com folhas de manjericão. Com o auxílio de uma colher, monte uma quenelle de tomate confit. Finalize com um fio de azeite e pimenta-do-reino.

Tomate Confit
Ingredientes:

4 tomates
50 ml de azeite
Orégano
Sal e pimenta

Preparo:
Em uma tábua, corte os tomates ao meio e retire as sementes. Coloque-os em uma assadeira com a pele para baixo e tempere com azeite, orégano, sal e pimenta. Leve ao forno alto (200 ºC) até que estejam macios. Retire do forno e descarte as peles.

Beiju de Tapioca com Coco
Ingredientes:

120g de farinha de tapioca
½ xícara de coco ralado fresco
1 colher (sopa) de leite condensado

Preparo:
Em uma frigideira em fogo médio, distribua a farinha de tapioca de maneira uniforme. Quando os grãos de farinha se unirem, acrescente o coco ralado e regue com o leite condensado. Feche o disco ao meio e sirva.

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Todo mundo já sabe que eu adoro batata, e há algumas semanas encontrei a receita perfeita: Galette de batata.

O Galette é um prato de origem bretã (da região da Bretanha, na França) e parece um pouco com o crepe e a panqueca, mas essa receita é um pouco diferente  porque é assada ao invés de frita.

Galette de batata

10 batatas pequenas
3 colheres de sopa de leite
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 ovo
100g de queijo branco picado
40g de queijo parmesão ou provolone ralado
sal
pimenta do reino
temperos que prefirir
manteiga

Modo de fazer

Descasque e cozinhe as batatas. Depois amasse-as com um garfo. Deixe esfriar um pouco, acrescente o leite e misture. Em seguida junte a farinha, o ovo, os queijos e os temperos, mexendo sempre que inserir um dos ingredientes.

Unte uma forma refratária grande com manteiga. E com a ajuda de uma colher coloque montinhos da massa (como se fosse bolinhos) na assadeira. Asse em forno médio alto, pré aquecido, por cerca de 30 minutos. Sem esquecer de virar os galettes de lado após 20 minutos de forno. Eles têm que ficar dourados dos dois lados. Ótimo acompanhamento para carnes, ou até pra ser servido como petisco.

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da Folha de S. Paulo

Quando Noé construiu sua arca, protegeu do dilúvio casais de animais. Fosse hoje, talvez o personagem bíblico incluísse também alimentos tradicionais ameaçados de extinção. E eles não seriam poucos, conforme revela um catálogo mundial feito pela associação Slow Food que identifica e divulga produtos em risco de desaparecer. Dos mais de 750 produtos listados na Arca do Gosto –uma alusão à embarcação de Noé–, 23 são do Brasil, entre eles o feijão canapu, o babaçu, o pirarucu e a castanha-de-baru.

“A Arca reúne produtos de pequenos agricultores, extrativistas e indígenas”, diz Roberta de Sá, coordenadora dos projetos do Slow Food no Brasil. “Para entrar na lista, o produto deve ter excelência gastronômica, ser ligado à história da comunidade, ter produção artesanal com ênfase na sustentabilidade e estar em risco de extinção.”

A ameaça de desaparecimento, segundo Roberta, pode ser justificada de inúmeras maneiras, como a perda da tradição do modo de fazer –caso da marmelada de Santa Luzia–, ou pela localização do alimento em uma área devastada.

A partir do catálogo, a fundação, que prega a combinação do prazer à alimentação consciente e responsável, partiu para a captação de recursos financeiros para bancar as Fortalezas, projetos que visam a melhoria da qualidade dos produtos ameaçados. No Brasil, elas são sete e muitas participaram no último mês, em Brasília, do Terra Madre Brasil, um encontro nacional de ecogastronomia.

Não existe um padrão para as Fortalezas. As iniciativas variam de acordo com a realidade e as necessidades de cada comunidade, mas objetivam: 1) promover os produtos artesanais; 2) criar padrões de produção; 3) e garantir a viabilidade futura dos produtos.

Na Fortaleza do palmito-juçara, planta nativa da mata Atlântica que há 12 anos está sendo plantada pelos guaranis da aldeia Ribeirão Silveira (litoral norte de São Paulo), a próxima etapa é conseguir um selo que permita aos índios comercializarem o caule comestível.

“Estamos inventariando as palmeiras nativas para criar um plano de manejo, provar que somos produtores e conseguirmos a autorização para vendê-lo”, diz o cacique Adolfo Timótio Verá Mirim.

Na Fortaleza do umbu, que reúne os municípios baianos de Uauá, Curaçá e Canudos, por exemplo, foram construídas minifábricas onde o fruto é transformado em doces, geléia e polpa pasteurizada. Da produção total, 55% é destinada à merenda de escolas do sertão do Estado, 30% vai para países como França e Áustria, 10% é vendida em feiras e exposições e 5% fica no mercado regional.

“É mais fácil exportar que vender aqui dentro”, diz Jussara Dantas de Souza, da Fortaleza do umbu. “Lá fora, a Associação Comércio Justo deposita 50% do valor antes de começarmos a produção. Aqui, você investe, entrega o produto e só recebe 60 dias depois.”

Mas, para quem acredita que, para preservar, é preciso fazer a população conhecer os produtos, ainda há um importante passo a ser dado, que é o da distribuição dentro do Brasil. Como se faz hoje para comprar os produtos da Arca? “Há realmente uma dificuldade muito grande que é a parte do transporte. [A distribuição] É o nosso maior desafio”, diz Roberta.

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27/11/2007

CYRUS AFSHAR
da Folha de S.Paulo

Comida orgânica ganha mais gôndolas e público bem mais heterogêneo do que aquele estereótipo hippie, até hoje colado ao mercado dito “natural”.

Natural que seja assim: no topo das neuroses contemporâneas, a saúde é a principal motivação de 54% dos consumidores brasileiros de alimentos orgânicos, segundo pesquisa da Latin Painel feitas nas principais regiões metropolitanas.

Karime Xavier/Folha Imagem
Saúde é a principal motivação de 54% dos consumidores brasileiros de orgânicos
Saúde é a principal motivação de 54% dos consumidores brasileiros de orgânicos

É o caso da aposentada Marlene Fonseca, 63, freqüentadora da feira do Parque da Água Branca, em São Paulo. “Eu deixo de gastar na farmácia para gastar aqui”, afirma.

Ótimo. Ainda que a escolha agora venha da autopreservação, quem consome orgânicos apóia plantações sem agrotóxicos, uso racional da água e métodos agrícolas que permitem ao solo criar sua própria defesa.

De acordo com a pesquisa da Latin Painel, 20% da população brasileira já se rendeu ao charme dos orgânicos, e a fatia só aumenta. Desde o início dos 90, o crescimento desse setor no Pão de Açúcar é de 21% em média, a cada ano. A rede Carrefour aumentou as vendas de orgânicos em 40% no ano passado. A Native, no nicho dos orgânicos industrializados, aumentou seu faturamento em 38%.

O negócio é tão promissor que Carrefour e Pão de Açúcar já lançaram suas linhas. “Queremos construir hábitos de consumo com valor agregado maior”, diz Leonardo Miyao, 44, diretor do Pão de Açúcar. Põe “valor agregado” nisso.

Legumes de má fama

No supermercado, um orgânico pode ser até quatro vezes mais caro do que um convencional. Caso do agrião: R$ 6,09 versus R$ 1,49 o maço.

Mas a idéia arraigada de que orgânicos são sempre mais caros é uma meia-verdade.

Quando o consumidor sai dos supermercados e vai para as feiras, alguns itens custam o mesmo que os convencionais. Caso de vegetais folhosos, palmitos e queijos. Uma couve-manteiga, R$ 1,55 no súper, na feira orgânica sai por R$ 1,50.

Já os legumes e o trigo são mesmo mais caros. “A farinha orgânica custa três vezes mais”, conta Celso Gelman, 40, produtor de pães.

Essa diferença de preço tem vários motivos. “O volume de alimentos orgânicos produzidos é bem inferior, e a baixa escala traz problemas na logística, o que encarece o preço final”, diz Moacir Roberto Darolt, 41, agrônomo do Instituto Agronômico do Paraná.

Mas não é só isso: “Os supermercados vendem os orgânicos como um produto diferenciado e colocam uma margem de lucro alta”, diz Darolt. Cláudio Iriê, 37, diretor do Carrefour, contesta: “A margem de lucro nos orgânicos é mais baixa”.

Estudo do Ministério da Agricultura de janeiro de 2007 revela que a diferença média entre o que recebe o produtor e o que o consumidor paga por um orgânico num supermercado subiu de 178%, em 99, para 250%, em 2003, na cidade de Rio de Janeiro. “Se você pega só as duas pontas, não vê os custos de distribuição que existem entre elas”, rebate Miyao.

Feiras orgânicas, franquias e serviços de entrega de orgânicos se espalham pelas capitais. “O orgânico deixou o estigma de ser um produto sofisticado para se tornar comum”, diz José Roberto Graziano, 56, supervisor geral de abastecimento da Prefeitura de São Paulo.

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da Folha de S.Paulo

O alimento orgânico é melhor que o convencional?
A diferença entre o alimento orgânico e o convencional é a maneira como ele é produzido. Na agricultura orgânica não são usados pesticidas, sementes geneticamente modificadas ou fertilizantes sintéticos. Um tomate produzido de modo convencional, por exemplo, recebe 40 aplicações de agrotóxicos por ciclo. Mas ainda não há estudos conclusivos que comprovem as vantagens nutricionais do alimento orgânico.

Karime Xavier/Folha Imagem
Saúde é a principal motivação de 54% dos consumidores brasileiros de orgânicos
Saúde é a principal motivação de 54% dos consumidores brasileiros de orgânicos

Por que os alimentos orgânicos são mais caros que os convencionais?
Os alimentos orgânicos frescos são, em média, 30% mais caros, mas a diferença pode chegar a 100% no caso de algumas culturas, como o tomate e a batata. Segundo Moacir Roberto Darolt, engenheiro agrônomo do Instituto Agronômico do Paraná, um dos principais fatores é a baixa escala de produção dos produtos orgânicos. A logística e a distribuição dos produtos se tornam mais caras e a oferta acaba sendo menor que a procura, o que influencia os preços. Outro fator são as embalagens usadas nos supermercados para diferenciar os alimentos orgânicos, que chegam a encarecer os produtos em R$ 0,15 por unidade. “A agricultura convencional exclui dos cálculos da formação de preço o custo ambiental”, diz Darolt.

Que garantias existem de que o produto é orgânico?
Os alimentos orgânicos industrializados ou frescos trazem nas embalagens a palavra “orgânico” e o nome da empresa responsável pelo certificado. Um alimento industrializado é considerado orgânico quando mais de 70% de seus insumos são comprovadamente de origem orgânica. No Brasil existem 20 certificadoras principais, das quais a Ecocert/AAO e a IBD são as mais conhecidas. Mas nenhum órgão federal controla essas instituições. Quem regula as certificadoras é o Código de Defesa do Consumidor.

Comprando produtos orgânicos eu apóio o pequeno produtor?
Depende de onde você compra. Nas feiras em geral, o produtor vende direto para o consumidor. No supermercado, a diferença média entre o que recebe o produtor e o que o consumidor paga subiu de 178%, em 1999, para 250%, em 2003, no Rio de Janeiro.

O que é melhor para o ambiente: o alimento orgânico produzido em outra região ou o convencional produzido localmente?
Nos supermercados, a maioria dos produtos vem de longe. Um caminhão emite 770 gramas de CO2 por quilômetro rodado, de acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). No percurso de Campo Grande a São Paulo, por exemplo, são emitidos 770 quilos de CO2 (seria preciso plantar cinco árvores para neutralizar a emissão de carbono de uma viagem). Por outro lado, os agrotóxicos usados na produção de alimentos locais convencionais contaminam o solo e a água, gerando impacto no ambiente.

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

Uma nova marca de cerveja é lançada, hoje, na galeria Vermelho: a Free Beer. Entretanto, ao contrário das marcas tradicionais, que tratam como segredo de Estado a receita de suas bebidas, no próprio rótulo da Free Beer está estampada sua receita.

A Free Beer é a nova ação do coletivo dinamarquês Superflex, composto por Bjornstjerne Reuter Christiansen, Jakob Fenger e Rasmus Nielsen. No ano passado, o grupo trouxe polêmica à 27ª Bienal de São Paulo com o Guaraná Power, censurado pela presidência da instituição, que afirmou que não se tratava de uma obra de arte. Apesar do veto, o Guaraná Power, feito em colaboração com a Cooperativa de Agricultores da Região de Maués, na Amazônia, chegou a ser distribuído em museus e na própria Vermelho, durante a Bienal.

“Agora estamos propondo uma marca aberta e, nesse sentido, sugerimos um novo modelo econômico, que permite a qualquer um produzir e distribuir cerveja, a partir de uma receita que é pública, além de criar consumidores não obedientes, como gosta o mercado”, conta Fenger.

“Free software”

A Free Beer surgiu em 2004, numa parceria com estudantes da Universidade de Copenhague. “Buscamos transferir os princípios do software livre para algo físico, e a cerveja se tornou um bom exemplo”, conta Nielsen. “Por isso, a Free Beer tem sido comparada ao Linux [sistema operacional gratuito] e à Wikipedia”, diz o artista.

Quem quiser produzir e comercializar a Free Beer pode baixar do site http://www.freebeer.org a logomarca da cerveja, de forma gratuita. “Já há Free Beer sendo produzida na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Dinamarca e até na República Tcheca”, afirma Fenger.

No Brasil, a Free Beer está sendo produzida pela Cervejaria Germânia, que irá comercializar a bebida durante a exposição a partir da versão 3.4, desenvolvida pela empresa.

“A única coisa que pedimos é que cada nova versão seja também tornada pública no site do Creative Commons”, diz Christiansen.

Na Vermelho, o Superflex apresenta o “Free Beer Kit”, uma mesa com todos os ingredientes e instrumentos necessários para a produção da cerveja, o que será utilizado, aliás, no workshop “O Mundo da Cerveja”, com os especialistas Cilene Saorin e Arnaldo Ribeiro, no próximo dia 15 de dezembro, às 14 h.

O grupo exibe também nove máquinas “Counter-Game Strategies” (estratégias de contra-jogos), típicos brinquedos de quermesse, como jogo de argolas ou rodas giratórias, que, contudo, abordam de forma irônica o universo dos direitos autorais e da pirataria.

“Mark Getty afirma que “a propriedade intelectual é o petróleo do século 21′”, conta Christiansen, “portanto, estamos tratando de um tema muito sério. Afinal, quantas guerras não foram realizadas por conta do petróleo?”.
No próximo sábado, às 16h, Ronaldo Lemos, diretor do Creative Commons no Brasil, irá participar de um debate com os membros do Superflex, na Vermelho, e logo após será realizada uma gincana intitulada “Free Beer Pub Quiz”, na qual participantes receberão prêmios ao responderem questões sobre propriedade intelectual e direitos autorais.

Free Beer
Quando: abertura hoje, às 20h; de ter. a sex., das 10 às 19h, sáb., das 11 às 17h. Até 22/12
Onde: galeria Vermelho (r. Minas Gerais, 350, tel. 3257-2033)
Quanto: entrada franca

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