15/03/2008
da Efe, em Londres
Cerca de 50 grupos de defesa dos consumidores lançaram uma campanha para restringir a publicidade de “junk food” (comida rica em calorias e com péssima qualidade nutricional) destinada à população infantil.
A campanha exige um código voluntário de boa conduta que seria assinado pelas empresas e que restringiria a publicidade desse tipo de produtos nesse meio e na internet.
Seus organizadores querem também que se coloque fim a anúncios da “junk food” em escolas e deixem de ser usados famosos ou personagens de desenhos animados com fins publicitários.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 177 milhões de crianças de todo o mundo estão ameaçadas por doenças relacionadas com a obesidade.
A agência das Nações Unidas prevê que 2,3 bilhões de pessoas com mais de 15 anos sofrerão de obesidade até 2015.
A campanha contra a publicidade e outros métodos de promoção destes alimentos é apoiada por “International Obesity Task Force” (Grupo de Trabalho Internacional contra a Obesidade).
A entidade culpa em boa medida do fenômeno os bilhões de libras gastos ao ano em publicidade de refrigerante ou alimentos doces, gordurosos ou salgados.
“Desafiamos os gigantes da indústria alimentícia e da bebida para que apóiem nossa campanha e demonstrem que querem realmente fazer parte da solução e não do problema”, disse o presidente desse grupo, Philip James, citado pela ‘BBC’.
“Com o aumento da obesidade e das doenças relacionadas à dieta, as empresas do setor alimentício têm que ser mais responsáveis na hora de promover seus produtos entre o público infantil”, afirma, por sua vez, Sue Davis, da organização Which?.