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Archive for the ‘Buenos Aires’ Category

do Guia da Semana

Por aqui, dizem que eles são arrogantes, chatos e convencidos. Eles, porém, nos chamam de macaquitos e ainda dizem que Maradona é melhor que Pelé. Mas em um ponto temos que admitir a superioridade deles: o churrasco. A tal parrila argentina é considerada a melhor do mundo, desbancando tantos outros países também tradicionais na hora de assar carne.De alguns anos para cá, o churrasco argentino vem agradando ao paladar tupiniquim. Acostumados aos tradicionais rodízios, os brasileiros estão conhecendo a forma porteña de se servir costela, contrafilé, ponta de agulha e outras carnes nobres. Isso é comprovado pelo número de casas especializadas abertas recentemente na cidade de São Paulo. Atualmente, a capital da gastronomia já conta com 20 estabelecimentos. Há pouco tempo não chegavam a cinco.Quem ainda não provou de um churrasco hermano deve se perguntar o que de tão especial há no preparo para que ele seja considerado o melhor do mundo. As diferenças entre o de lá e o daqui, por exemplo, começa desde a criação do gado. Geograficamente, a Argentina é um país plano, diferentemente do Brasil, que é formado por morros e montanhas. Rosa Maria Martinelli, proprietária da churrascaria DaRosa e ex-sócia do Rincón de Buenos Aires, explica que isso faz com que o boi criado na Argentina não faça tanto esforço, resultando em uma carne com mais gordura, já que ele não cria músculos . Além disso, clima e pasto, também de boa qualidade, contribuem para que os animais tenham uma carne mais saborosa.

Rosa também afirma que lá os bois são criados em confinamento . Desta forma, os animais não se movimentam tanto, contribuindo para que sua carne seja macia. Basicamente, os criadores em nosso país vizinho trabalham com duas raças européias: a Aberdeen-angus e a Hereford. Por aqui, agora é que estamos promovendo misturas entre a raça Zebu com outras da Europa , diz a empresária.

Os famosos cortes e outros segredos

Quando brasileiro pensa em churrascaria lembra de imediato do sistema rodízio. Nas argentinas, essa forma de servir não é possível. Lá, essa forma não é aplicada, pois o corte servido vem com aproximadamente 400 gramas. Tanta quantidade de carne requer muito mais tempo para assar. Em média, gasta-se 13 minutos para preparar a carne mal passada, aproximadamente 18 minutos para deixá-la no ponto e cerca de 23 para quem gosta de bem passada. Vale lembrar que em nosso vizinho, come-se apenas na forma mal passada ou ao ponto. Bem passada é invenção de brasileiro.

Basicamente, os principais cortes oferecidos nas parrilas são o assado de tira (costela), o vacio (ponta de agulha), o bife de chorizo (contrafilé) ( foto abaixo), o ojo de bife – o olho do bife , a parte mais nobre do contrafilé -, bife ancho (contrafilé da costela) e tapa de cuadril (é, para os argentinos, como a picanha para os brasileiros). Os cortes são feitos longitudinalmente e diretamente na fibra da carne.

Outra característica é o ponto, tradicionalmente mal passado. Como os cortes são altos, a carne sempre ficará mal passada no meio , garante a especialista. Como não estamos acostumados àquela parte avermelhada, Rosa conta que alguns clientes em seu restaurante passaram a pedir que a carne fosse aberta para permitir um ponto um pouco mais bem passado.

Para Allan Espejo, sócio-proprietário da rede de restaurantes Don Pepe di Napoli (Vila Conte, La Pepa, Al Mare, entre outros), a grelha também é um dos fatores determinantes para a qualidade do churrasco argentino. Elas são móveis, deixando os cortes paralelos às brasas ou inclinados, permitindo maior controle do calor. Isso também impossibilita que a gordura caia sobre o fogo, evitando que fuligem e fumaça subam até a carne . Para temperar, nada mais que sal fino, aquele mesmo utilizado em qualquer cozinha.

Molhos, vinhos e outras delícias

Se nem só de pão vive o homem, nem só de churrasco vive um argentino. Eles também são excelentes na hora de preparar outros pratos. As empanadas são uma espécie de pastel de forno bem recheado , diz Rosa. Geralmente, um bom hermano costuma apreciar a sugestão nas versões carne, milho ou queijo com presunto. Por aqui, o jeitinho brasileiro aparece em criações como a de carne seca, exclusividade do DaRosa. A comida que oferecemos é argentina, mas quem come é brasileiro , defende a proprietária. Para sobremesa, já é possível encontrar variações doces, como a de doce de leite com sorvete (foto abaixo)

O chef Allan cita o puchero como uma boa dica. É um prato espanhol, mas bastante difundido na Argentina. É feito com mais carne (vitela, chouriço, toucinho, frango e paio) e menos grão-de-bico, ao contrário da receita dos espanhóis .

Um tal chimicurri também merece destaque quando se fala de culinária argentina. Trata-se de um molho feito à base de ervas e que leva azeite e vinagre. Ele pode ser espalhado na carne, o que acrescenta um sabor especial, ou ainda ser apreciado no pão. Também tem a parrilada, feita com morcella, molleja, riñones, chinchollines, entre outros miúdos bovinos.

Por fim, churrasco para eles combina com… Vinho! Enquanto nós o associamos à cerveja, nossos vizinhos preferem uma boa taça para acompanhar as carnes. É um povo acostumado a tomar vinho diariamente , finaliza Rosa Martinelli.

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Santa Fe 1234

crédito: Beatriz Rey

por Beatriz Rey

Algumas coisas são tomadas por uma áurea semi-eterna: mesmo no passado, insistem em existir, de tão vivas em nossas cabeças, mas ao mesmo tempo tão distantes no que chamamos de concreto. É assim que me sinto quando lembro de Buenos Aires. Repito a pergunta que fiz no meu blog: sete dias são suficientes para falar de uma cidade? Não sei. Tampouco sei dizer em qual momento fui tomada de uma nostalgia antecipada, como quem precisa dizer adeus mas resiste em se manter firme, de pé, no mesmo lugar. 

Desembarquei em Buenos Aires no dia 25 de dezembro – era Natal. Um certo desânimo se apoderou de mim naquele dia. Fossem as ruas desertas. Fosse a sensação no ar de tempo parado, como se uma incrível massa paralizasse tudo e todos na avenida Santa Fe. Não sei dizer. O que sei é que pisei em Buenos Aires com fome. E que, ingênua, achei que fosse encontrar algo para comer naquele momento. Na recepção do albergue, a pergunta clássica escapou – ainda não estava habituada com o espanhol, do jeito que ficaria antes de partir: 

– Donde puedo encontrar un local para comer? Sí, comer, comer!

Foi-me indicado um restaurante na própria Avenida Santa Fe, chamado Santa Fe 1234. Era o número do prédio. Sentamos, olhamos o cardápio. Media Luna? Não, isso é para o desayuno. Sim, café da manhã. Bom, a opção menos dolorosa é a pizza. Fomos de pepperoni e a básica mussarela. Uma delícia. Devo ter experimentado pizzas melhores em São Paulo – não tenho dúvida nenhuma quando lembro da minha querida Esperança – mas aquela pizza, embriagada do ar portenho, caiu perfeita.

O dia seguinte, tomado por minhas excessivas caminhadas com a ânsia de conhecer todo pequeno prédio, terminou num restaurante peculiar. Na esquina da Calle Posadas, e a Calle Callao existe o restaurante El Sanjuanino, famoso por empanadas deliciosas e baratas. Chegamos às dez para sete, e, claro, demos com a porta fechada. Mas um aviso garantia que em dez minutos estaríamos lá dentro, saboriando una empanada de pollo. Os dez minutos foram preenchidos com voltas pela Avenida Del Libertador e pela Calle Alvear – as duas dignas de lembranças de Paris. Vamos ao que interessa: sentamos no El Sanjuanino às sete em ponto, e pedimos o cardápio.

 – Dos empanadas de carne, dos empanadas de pollo, una Quilmes y una Coca, por favor.

Em questão de instantes – não é exagero – fomos atendidos. Podem dizer que o restaurante vazio facilitou o atendimento, mas mesmo depois de meia hora, com a casa lotada, continuamos bem servidos. Em tudo: o recheio tem tempero na medida certa, a massa é uma delícia e a Quilmes…à Quilmes dedico um parágrafo final deste texto. Uma dica: experimentem a empanada El Sanjuanina, que é frita. A vontade é sair de lá depois de ter comido umas vinte.

De vez em quando, ainda me sinto também comendo uma pizza no El Cuartito, na Calle Talcahuano. É um ambiente que parou no tempo: paredes azuladas ou amareladas envelhecidas (não consigo me lembrar a cor) são cobertas por pôsteres antigos de lutadores de boxes e jogadores de futebol. A pizza é massuda – tem uns 3 ou 4 cm de pura massa – mas é uma delícia. E vale pelo preço: se não me engano, meia mussarela meia calabresa e duas Cocas nos custaram 28 pesos. Ao fecharmos a conta, fitei o garçom por alguns instantes. Era mulato (há poucos mulatos e negros em Buenos Aires). Como tinha conhecido o bairro La Boca, fiquei imaginando se ele não era de lá, se não atravessava a cidade todos os dias, e chegava cansado…Buenos Aires também tem dessas coisas. 

Todos os dias voltávamos ao albergue, pegávamos uma cadeira de plástico branca e sentávamos com cinco amigos, que ainda o são aqui em São Paulo. Passávamos a noite bebendo Quilmes e cantando músicas brasileiras – todos os gringos do albergue, sem exceção, passavam um tempo nos olhando. O comentário geral era: “brasileiro é foda mesmo, todo mundo paga pau”. E tinham razão. No churrasco que organizamos de Ano Novo ali mesmo, no albergue, ouvi de mexicanos, holandeses, americanos e poloneses que não há pessoas como os brasileiros no resto do mundo. Assim, tão animados. A Quilmes sempre regava nossas cantorias – é uma cerveja com 4% de álcool, gostosa, que desce bem pela garganta e, acima de tudo, não deixa ressaca e estômago invertido no dia seguinte. Foi a melhor cerveja que já tomei na vida. Estranhei quando cheguei em São Paulo e pedi uma Original no bar – é mais pesada e menos saborosa. 

No último dia, já 2008, acordamos às 10h da manhã com o Japa, amigo agora em São Paulo, batendo na porta do nosso quarto e convidando para um café da manhã. O último. Mais uma vez, aquela densidade oca e parada invadiu a cidade. Nem táxi era possível ver nas ruas. Mais uma vez, acabamos no Santa Fe 1234. Sentamos. Naquela altura da viagem, já sabíamos do sabor de uma media luna con queso e jamón. Pedimos. Lembro daquela cena como se tivesse acontecido há alguns instantes: eu, o Theo, o Japa e o Rodrigo sentados ali, olhando a Avenida Santa Fe vazia, com um quê de tristeza e nostalgia que não tinha remédio. Era mesmo o último dia em Buenos Aires.  

Mais fotos

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Tem gente que adora já deixar um roteiro pronto para a viagem. Fiz isso quando viajei para BsAs, mas na época não conhecia o site Óleo – Guia de restaurantes de Bue. Tem por faixa de preços e bairros – é bem bacana.

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por Claudia Midori

                Buenos Aires 

Não curtiu as dicas que coloquei no blog? Dê uma olhada nas dicas de uma gaúcha que mora em BsAs – Café con medias lunas – buenos aires blog! Quer mais dicas? Então clique aqui e leia a matéria do site Concierge.

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por Claudia Midori

Dia 19 de setembro recebemos o comentário da Claudia (a engenheira) pedindo algumas dicas de Buenos Aires.

Olá Claudia ( a jornalista)

Eu sou a Claudia e vou para BA no próximo mês…..presente de aniversário do meridão…rs

Adorei seu blog!!!! Hoje na minha hora de almoço fiquei folheando uma revista com reportagem sobre BA…e acabei comprando uma mapa da cidade.

Vou numa quinta por volta do almoço e volto no domingo, na hora do almoço tb..

Já fiz uma enorme lista do que quero conhecer….mas estou com dificuldades para ordenar nos dias…tem alguma dica?

Bjus

Claudia (a engenheira)

Escrevi três e-mails com as dicas dos lugares que mais curti. Semana passada recebi dois e-mails da Claudia contando sua viagem – fiquei super feliz porque ela aproveitou e gostou das dicas, sem falar que ela passou outras dicas para quem for para BA!

Hola Claudia!

Primeiramente….obrigada por todas as suas dicas, me ajudaram bastante!!! Dos locais que você indicou, eu fui:Café Tortoni: show de tango na quinta, não fizemos reservas mas conseguimos um mesa no salão de tango, ADOREI, fomos muito bem atendidos, e comemos uma tábua de frios e vinho.

Sorvete da Freddo: tomei o famoso de doce de leite com doce de leite mole no meio…delicioso.

Empanada no La Boca: meu marido viu uma aglomerado e foi ver o que era…um rapaz vendendo empanadas quentinhas e maravilhosas…$ 1,50!

Puerto Madero: Almocei no Siga la Vaca e comi “aquele” profiterole…não acreditei no tamanho… e andei bastante por lá…Ponte da Mulher, o navio….

Também pedimos “sugerencias” à algumas pessoas e fomos nuns lugares diferentes:

Café da manhã: no 1º dia tomei café da manhã num lugar chamado Café La Paz (avenida Corrientes X Montevidéo), não foi barato…$22,00, mas veio suco de laranja, medialuna com jamón e queijo, uma xícara imensa de café com leite, um balde de salada de fruta e o famoso copinho de água com gás…

Nos outros dias fomos numa padaria e cafeteria perto do hotel…bem mais em conta e muito boas (o cardápio era quase sempre o mesmo…)

Palermo: fomos no sábado à noite e paramos em Palermo Viejo, num lugar chamado ” La Cabrera” (Thames x Cabrera). Estava lotado e resolvemos esperar…valeu a pena, eles servem várias carnes e todas acompanham vários molhos diferentes…escolhemos Ojo de Bife, todos os molhos, uma excelente garrafa de um tinto Malbec e de sobremesa uma torta de maçã divina com sorvete de creme…foi nosso jantar mais caro $116,00 (num dá R$ 70,00)!

Abasto: jantamos no Shopping na sexta de noite. Num fast food chamado “Troppo”, eles tem pastas e pizza. Comemos um pizza individual bem gostosa

Recoleta: O La Biela estava muito lotado, então fomos num restaurante ao lado , “Café Victória”, tem o mesmo sistema do Siga la Vaca, entrada, prato, sobremesa e uma garrafa de vinho inclusa – $35. A diferença é que de cada item você tem umas três opções. O lugar é muito lindo e fomos bem atendidos. Ah! Não peça de sobremesa o Bombom Suíço…é um bombom gigante de sorvete, só que vem muito duro e vimos várias pessoas “brigando” para comê-lo…foi hilário.

Claudia (a engenheira)

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Desubicada

Torta de banana com chocolate da Persicco 

Último dia em Buenos Aires tomamos o café da manhã no hotel, fizemos o check out e fomos andar. Aproveitei para conhecer a Persicco, mas já falei dele em outro post. Depois do café, da torta de banana com chocolate e do tiramissú, fomos caminhar no Parque Rivadavia, no bairro Caballito. Aproveitamos para tomar um pouco de sol, ver umas barraquinhas que vendem CDs e LPs antigos, principalmente de tango, é claro!

De lá resolvemos conhecer o Museu Evita Perón… que estava fechado – era feriado, 1º de maio. Infelizmente vou ter que conhecer o museu em outra oportunidade. De lá, pegamos um táxi para o La Biela, meu namorado queria comer o tal lanche que havia comido no segundo dia em BA. Infelizmente, ele também estava fechado. Nem saímos do táxi… e acabei pedindo uma indicação para o motorista, que sugeriu o bairro Las Cañitas.

O bairro é bem agradável e lembra um pouco a Vila Madalena, em São Paulo. Optamos pelo restaurante El Portugues, onde escolhemos o prato de mesmo nome. Arroz, bife, salsão e batata frita mergulhados num molho de creme de leite, mais calórico impossível! Achei estranho o arroz no creme de leite, mas o salzinho resolveu o problema. O atendimento no lugar é muito bom e o restaurante não é muito caro. As porções servem bem duas pessoas e ainda sobra. Gastamos $ 80 pesos, o equivalente a 58 reais, com entrada, prato principal e bebida.

El Portugues

Enfim, o Comidinhas Buenos Aires chegou ao fim, não tenho mais nenhuma sugestão… hasta! 

*Desubicada é o título do post porque foi exatamente como me senti num dia de feriado em BA, ou seja, perdida…

(Claudia Midori)

El Portugues
Calle Báez, 499

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Torta mousse do El Atheneo

Penúltimo dia em BA, o Anderson (meu namorado) cismou que não voltaria sem um casaco de lá. Perguntamos para várias pessoas onde era o melhor lugar para comprar couro e a resposta unânime: avenida Santa Fé! Reservamos a manhã e a tarde vendo vitrines. Com disposição, começamos a caminhar por ela desde a plaza San Martín, no centro, até a plaza Italia, em Palermo, são 6 km de distância.

Melhor que ver as vitrines, é conhecer a livraria Grand Splendid El Atheneo, antigo teatro fundado em 1908, onde funciona a livraria El Atheneo. São mais de dois mil metros quadrados que abrigam mais de 60 mil títulos. É possível ler calmamente nos antigos camarotes ou no café. Melhor ainda é provar uma saborosa torta mousse de chocolate ($ 14,70 com uma garrafa de água).

 livro_quinp.jpg

Após caminhar, caminhar, caminhar muito, fomos almoçar no Alto Palermo shopping (avenida Santa Fé, 3253). Não anotei o nome do restaurante italiano, mas adorei a macarronada. Não deu tempo de fotografar… estava com tanta fome que nem lembrei da foto.

Na volta, passamos pela calle Florida para fazer compras e voltamos para o hotel. À noite, fomos jantar no El Palacio de la Papa Frita para provar a famosa papa suflé, uma batatinha frita estufadinha. Logo que chegamos foi servido um pequeno cálice de vinho branco, seguido de uma bela cesta de pães com cinco variedades. O menu veio em seguida.

Escolhi a salada primavera (pedaços de frango, pimentão vermelho, cebola, alface e tomate), para o prato principal optei pelo frango com as batatas suflé e terminei com um belo sorvete mixto – nosso napolitano – morango, creme e chocolate. O Anderson pediu salada de jamón com ensalada russa (leia-se maionese), cervo da patagônia com ervilhas e batata assada. Para terminar no melhor estilo porteño, pediu um flan com doce de leite, um exagero de tão doce!

El Palacio de la Papa Frita

Antes de viajar pesquisei no site www.bue.gov.ar alguns lugares para conhecer. Na minha lista estava a Pâtisserie e confíteria Las Violetas, exatamente onde terminamos a noite tomando um café e capuchino. Escolhi o capuchino con crema ($ 5,70) que acompanha um pequeno copo de água muito gelada e uma pequena tortinha de chocolate com creme e morango. O Anderson preferiu o Café Violetas ($ 16) – café, cointreau, crema, gotas de tequila y chocolate rallado.

Violetas

Os vitrais do prédio (de 1884) são um caso à parte. Escolha um lugar ao fundo do salão, próximo dos vitrais e não tenha pressa para terminar seu café ou começar o café da manhã. Duas boas opções no cardápio:
Americano ($ 20)
Café, chá ou chocolate com leite, omelete, duas medialunas, suco de frutas, salada de frutas e torradas.
Brasileiro ($ 23)
Café, chá ou chocolate com leite, prato de frutas, jamón, queijo, suco e torradas. O Las Violetas funciona até às 3h.

(Claudia Midori)

El Palacio de la Papa Frita
Avenida Corrientes, 1612  esquina com a calle Montevideo
http://www.elpalacio-papafrita.com.ar
 
Las Violetas
Avenida Rivadavia, 3899
http://www.lasvioletas.com/site/esp/html/home/index.php

El Atheneo Grand Splendid
Avenida Santa Fé, 1860

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Siga la vaca

Siga la vaca

Domingo aproveitei para conhecer a Feira de San Telmo na plaza Dorrego, uma feira de antiguidades que funciona das 10h às 17h em San Telmo. Um bairro bem arborizado, uma delícia caminhar por lá e dá pra chegar de subte.

Os expositores dividem o espaço com dançarinos de tango, cantores e marionetes. Um garotinho e sua irmã, que tocavam e cantavam próximo da feira perguntaram de que país eu era. Após saber que éramos brasileiros, perguntou se tínhamos real para ajudá-lo. O garoto pegou a nota de cinco reais com um baita sorriso, agradeceu e guardou o dinheiro no bolso. A Argentina não vive mais o apogeu econômico do final do século 19 e início do século 20, quando era um dos países mais ricos do mundo e da América Latina.

Minha programação era conhecer a feira na parte da manhã e 12h ir para Puerto Madero conhecer o restaurante Siga la vaca – gastamos $6,30 de táxi de San Telmo para Puerto Madero.

O porto foi prjetado pelo comerciante Eduardo Madero para acabar com os problemas causados pela pouca profundidade das águas costeiras que não recebiam navios maiores – que eram obrigados a desembarcar as mercadorias e passageiros em lanchas. O porto demorou 10 anos para ficar pronto e há 10 anos está desativado.

Mas, voltando ao Siga la vaca! Adorei o restaurante. Espaçoso, iluminado, com vista para o rio da Prata, confortável, com bons preços e a comida é muito boa. Existe uma variedade grande de saladas, carnes muito macias e saborosas, bebida e sobremesa num valor fixo (colocarei os valores no final do texto). Entre as sobremesas: salada de frutas, torta de maçã, pudim de pão, flan, profiteroles, mousse de chocolate, queijo com doce de batata, panquecas, sorvete e bombom suíço – o sorvete em formato de bombom. O Siga la vaca abre às 12h30 e meia hora antes já tinha fila, mas tudo muito organizado e rápido. Atendimento excelente!

Buenos Aires está às margens do rio da Prata, mas há poucos lugares onde o rio é visível. Após almoçar e experimentar mousse de chocolate e um profiterole gigante e maravilhoso, resolvemos passear pelo bairro. Fomos conhecer a Puente de la Mujer, projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, tiramos algumas fotos e aproveitamos para ver uma exposição fotográfica instalada pelos quatro diques de Puerto Madero. Vale a pena caminhar pelos calçadões, sentar em um dos banquinhos e apreciar a paisagem, se tiver sol, melhor.

Após flanar por Puerto fomos (de novo) para o Caminito. A passagem anterior havia sido rápida demais para conhecer o lugar. Após visitar as casinhas coloridas, antigos cortiços, paramos para descansar um pouco e aproveitamos para ver o jogo do Boca Juniors pela televisão de um barzinho muito fofo que não lembro o nome e experimentamos deliciosas empanadas de carne, foi a única vez que comi empanadas em BA.

Depois de ouvir de alguns lojistas que era melhor sair do bairro té o final do jogo para evitar as confusões pós-jogo, principalmente porque o Boca estava perdendo, voltamos para o hotel e descansamos um pouco. De banho tomado e enegia recuperada, fomos para o shopping Abasto, o maior shopping da cidade, uma bela construção de 1934, onde funcionava um mercado de frutas e verduras.

Acabamos jantando no shopping. Escolhi um restaurante de comida chinesa, o Magic Dragon. Pedi arroz, frango ao curry e rolinho primavera, com a bebida saiu $ 14,80 pesos. O arroz era um pouco duro, mas o rolinho primavera e o curry estavam deliciosos. Não amante da culinária chinesa, meu namorado preferiu o Burger King – que para mim parece ser mais popular que o Mc Donal´s, mas não tenho certeza disso, posso estar falando besteira.

Meu namorado reclamou que o lanche (não sei qual) não tinha o mesmo molho que o brasileiro e reclamou que tinha vinagrete, rs. Nada a declarar!
 

(Claudia Midori)

Siga la vaca
Avenida Alicia Moreau de Justo, 1714, Puerto Madero
tel. 54 11 4315-6802
Segunda a quinta $ 31 (almoço) / $ 37 (jantar)
Sexta $ 31 (almoço) / $ 42 (jantar)
Sábado, domingo e feriados $ 42 (almoço e jantar)
http://www.sigalavaca.com/site/index.php?sec=home

Shopping Abasto
Avenida Corrientes, 3247
www.abastoplaza.com

Profiterole

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Café Tortoni

Café Tortoni 

Após conhecer os principais pontos turísticos da cidade, almoçar no La Biela, conhecer o Malba – ver a exposição de 50 años de pintura de Alfredo Volpi, do David LaChapelle e acrevo (queria ver O Abaporu da Tarsila do Amaral, só havia visto uma vez em São Paulo antes dele ser comprado pelo empresário aregntino Costantini), pegamos um táxi para o Café Tortoni, já era noite, umas 19h. Fundado em 1858, com decoração art-nouveau e ambiente pra lá de aconchegante, o Café está sempre cheio. Ficamos quase 30 minutos na fila para entrar… só havia lugar vago para quem iria assistir ao show de tango realizado diariamente em uma pequena sala no final do salão.

O Tortoni, que conserva a decoração da época em que foi fundado, foi frequentado por Carlos Gardel e Jorge Luis Borges. O lugar é um ícone da cidade que vale uma visita obrigatória! Gastamos $55 pesos no jantar, mas preferimos terminar a noite no Café Havanna comendo alfajores com café.

(Claudia Midori)

Café Tortoni
Avedida de Mayo, 829, Centro
www.cafetortoni.com.ar

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Alfajor 

Não, ele não é argentino, mas merecia ser. A história do alfajor, o doce mais tradicional da Argentina tem origem na cozinha árabe. O doce nasceu em Andaluzia, e seu nome vem de “al-hasu”, que em árabe significa recheado. Originalmente produzido com amêndoas, mel e avelãs, chamou-se também alaju, e chegou às ruas espanholas como alfajor. Daí para frente, sua receita sofreu várias alterações, até chegar à composição atual que usa farinha, açúcar, ovos, essência de limão e amêndoas, recheada de doce de leite e coberta de chocolate ou açúcar.

No século XVIII, em Córdoba, nos conventos e casas religiosas, mãos habilidosas preparavam entre outros doces um biscoito de formato quadrado, unidos entre si por doce de leite e cobertos de açúcar, era chamado de tableta.

O pioneiro dos alfajores argentinos foi, em 1869, D. Augusto Chammás (químico francês que chegou em 1840) que inaugurou uma pequena indústria familiar dedicada à confecção de doces e outros confeitos. Só tenho uma coisa a dizer a ele, muito obrigada! Adoro alfajor!

Na Argentina o alfajor é um produto de primeira necessidade, há sempre um Café Havanna aberto até meia-noite e, claro, sempre tem alguém apreciando um saboroso café com o doce. O Havanna tem uma torta – que nada mais é – que um alfajor imenso. Não consegui comer o pedaço inteiro, mas é uma delícia!!! No menu, a torta vem acompanhada de um pequeno suco de laranja e um copo enorme de café com leite.

Assim como a carne e o couro, o alfajor é uma instituição nacional, e o Café Havanna também. Criada em 1947 em Mar del Plata, a 400km de Buenos Aires, o Havanna foi comprado por US$ 85 milhões em 1998 pelo Exxel Group. Há aproximadamente 20 cafés na cidade, onde você pode tomar um café acompanhado do alfajor ou do havannet, outra delícia da marca. Além de vender os tradicionais alfajores, a empresa atualmente é conhecida pelos seus cafés, que já tem 17 unidades no Chile, cinco no Paraguai e algumas (poucas) em São Paulo. Para nossa alegria, a empresa, com parceria do grupo Bright Star Foods, espera inaugurar 15 cafés nas regiões sul e sudeste do Brasil.

*Para quem já foi para Buenos Aires deve ter estranhado a foto que, realmente, não é do Café Havanna. Infelizmente, saí de BA sem uma foto do Café Havanna! As fotos são da Brioche Dorée (calle Florida, 753, na Galerías Pacífico, que também produz alfajores deliciosos e fresquinhos!  

alfajor1.jpg

(Claudia Midori) 

Café Havanna
Calle Guido, 1996
segunda a sexta e domingo, das 9h às 21h30
sextas e sábados, das 9h às 1h30
www.havanna.com.ar

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